Três razões para ter orgulho

Por vezes é difícil ter esperança neste país. É difícil no meio de tanto escândalo, de tanta irresponsabilidade e de tanta falta de competência acreditar que somos tão ou mais capazes, tão ou mais válidos, ou tão ou mais profissionais que os outros. Um aparente fatalismo instalou-se entre nós, ou talvez apenas em mim. Mas felizmente surgem indivíduos que nos provam o contrário. Que provam que temos muitas razões para ter orgulho. Três das razões mais recentes?

Sir António Horta-Osório, banqueiro português que liderou a reestruturação e a impressionante recuperação do Lloyds Bank no Reino Unido, recebeu o grau de cavaleiro, pela Rainha de Inglaterra. Um honra única, que não só é um atestado à extrema competência de Horta-Osório, como uma constatação do facto que após a recuperação do banco com injecção de capital público, o mesmo devolveu ao erário público britânico todo o dinheiro investido mais um cheque “extra” de novecentos milhões de Euros. António Horta-Osório é hoje o chairman do Credit Suisse, o primeiro português a ocupar uma posição daquele género.

Daniela Braga, uma investigadora e empresária portuguesa, na área da Inteligência Artificial foi uma das doze pessoas escolhias pelo presidente norte-americano, Joe Biden, para integrar a mais recente Task-Force da Casa Branca que irá definir o futuro da política norte-americana nessa tão importante área. Uma confirmação da sua competência e do seu conhecimento único sobre aquela que é uma das tecnologias que já está a moldar o nosso futuro.

Rodrigo da Costa, que desde o final de 2020 se tornou o director executivo da EUSPA – EU Agency for the Space Program. O primeiro português a ocupar um cargo desta responsabilidade num dos organismos mais importantes para a exploração espacial europeia, responsável por programas tão importantes como o Galileo ou EGNOS. Uma mente brilhante, num local de destaque.

E embora estes nomes possam não ser do conhecimento da maioria dos portugueses, eles representam o melhor que há entre nós. E numa altura em que o campeonato europeu de futebol acabou de começar, convém lembrar que o nosso potencial é muito, mas muito mais do que apenas futebol. E, verdade seja dita, em campos bem mais importante do que um campo de futebol.

António, Daniela e Rodrigo, um brinde!

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