Uma nação europeia de quarenta milhões de habitantes luta pela sua existência. Impensável, pensávamos todos, que em pleno século XXI um regime estrangeiro decidisse invadir um país europeu soberano e democrático. Uma invasão total, impossível de justificar por motivos históricos ou pelos defeitos da democracia Ucraniana - umas das mais recentes na Europa.
E mais uma vez, a bravura não conhece linhas. Não conhece demarcações. Não conhece fronteiras. Nas planícies da Ucrânia, milhões de ucranianos lutam pela sua liberdade, pelo seu direito a existir como Nação, com garra, resiliência e uma inegável coragem, digna de lenda. Nas ruas da Rússia, milhares de corajosos cidadãos russos mostram o seu apoio ao fim do conflito, sendo presos e condenados meramente por expressarem a sua solidariedade com os seus vizinhos.
Daqui a muitos anos, ao ler os livros de História, as nossas crianças e netos irão perguntar-nos como é que nós, no Ocidente, pudemos ser testemunhas desta página negra da história moderna e fazer tão pouco tão tarde.
E nesse instante a nossas caras ficarão cobertas de vergonha. Porque nós, pouco ou nada fizemos.
Indecente, irão dizer-nos. E nós, calados, olharemos para baixo.
Como aparentamos fazer agora.
As palavras “coragem”, “resiliência” e “liderança” resumidas numa só: Zelensky.
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