Julgava eu que nos esquecíamos apenas da história distante. Remota e longínqua, perdida nos séculos de existência deste país. Pelos vistos não. Esquece-mo-nos igualmente da recente.
25 de Novembro de 1975. Faz hoje quarenta e um anos.
Quarenta e um anos em que a ala moderada do MFA, da sociedade e do poder político evitou que passássemos de uma ditadura para outra. Com uns tomates do tamanho do mundo, alguns evitaram que todos os outros voltassem a viver num regime não-democrático. E hoje, passado quarenta e um anos, parece que existe quem queira esquecer. Não gosto de extremismo. É, por definição, a expressão máxima de egoísmo, ignorância e intolerância.
Seja de direita. Ou seja de esquerda. O que quer que isso signifique.
Não há 25 de Novembro sem 25 de Abril. Mas também não há 25 de Abril sem 25 de Novembro.
Como diria Jaime Neves aos seus Comandos:
“Jurar bandeira na hora que passa é puxar um Portugal eterno. Para além dos homens, para além das ideologias, para além das revoluções.
Soldados! Militares!
O vosso compromisso não é com os homens. O vosso compromisso não é com as ideologias nem com os partidos, muito menos com as revoluções. O vosso compromisso, a vossa aposta, é com a Pátria!”
Houvessem hoje mais gajos assim.
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